:is(*, div){margin: 0;}body{padding-top: 0px;padding-right: 0px;padding-bottom: 0px;padding-left: 0px;}:root :where(.wp-element-button, .wp-block-button__link){background-color: #32373c;border-width: 0;color: #fff;font-family: inherit;font-size: inherit;line-height: inherit;padding: calc(0.667em + 2px) calc(1.333em + 2px);text-decoration: none;}.has-black-color{color: var(--wp--preset--color--black) !important;}.has-cyan-bluish-gray-color{color: var(--wp--preset--color--cyan-bluish-gray) !important;}.has-white-color{color: var(--wp--preset--color--white) !important;}.has-pale-pink-color{color: var(--wp--preset--color--pale-pink) !important;}.has-vivid-red-color{color: var(--wp--preset--color--vivid-red) !important;}.has-luminous-vivid-orange-color{color: var(--wp--preset--color--luminous-vivid-orange) !important;}.has-luminous-vivid-amber-color{color: var(--wp--preset--color--luminous-vivid-amber) !important;}.has-light-green-cyan-color{color: var(--wp--preset--color--light-green-cyan) !important;}.has-vivid-green-cyan-color{color: var(--wp--preset--color--vivid-green-cyan) !important;}.has-pale-cyan-blue-color{color: var(--wp--preset--color--pale-cyan-blue) !important;}.has-vivid-cyan-blue-color{color: var(--wp--preset--color--vivid-cyan-blue) !important;}.has-vivid-purple-color{color: var(--wp--preset--color--vivid-purple) !important;}.has-black-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--black) !important;}.has-cyan-bluish-gray-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--cyan-bluish-gray) !important;}.has-white-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--white) !important;}.has-pale-pink-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--pale-pink) !important;}.has-vivid-red-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--vivid-red) !important;}.has-luminous-vivid-orange-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--luminous-vivid-orange) !important;}.has-luminous-vivid-amber-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--luminous-vivid-amber) !important;}.has-light-green-cyan-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--light-green-cyan) !important;}.has-vivid-green-cyan-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--vivid-green-cyan) !important;}.has-pale-cyan-blue-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--pale-cyan-blue) !important;}.has-vivid-cyan-blue-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--vivid-cyan-blue) !important;}.has-vivid-purple-background-color{background-color: var(--wp--preset--color--vivid-purple) !important;}.has-black-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--black) !important;}.has-cyan-bluish-gray-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--cyan-bluish-gray) !important;}.has-white-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--white) !important;}.has-pale-pink-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--pale-pink) !important;}.has-vivid-red-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--vivid-red) !important;}.has-luminous-vivid-orange-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--luminous-vivid-orange) !important;}.has-luminous-vivid-amber-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--luminous-vivid-amber) !important;}.has-light-green-cyan-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--light-green-cyan) !important;}.has-vivid-green-cyan-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--vivid-green-cyan) !important;}.has-pale-cyan-blue-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--pale-cyan-blue) !important;}.has-vivid-cyan-blue-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--vivid-cyan-blue) !important;}.has-vivid-purple-border-color{border-color: var(--wp--preset--color--vivid-purple) !important;}.has-vivid-cyan-blue-to-vivid-purple-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--vivid-cyan-blue-to-vivid-purple) !important;}.has-light-green-cyan-to-vivid-green-cyan-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--light-green-cyan-to-vivid-green-cyan) !important;}.has-luminous-vivid-amber-to-luminous-vivid-orange-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--luminous-vivid-amber-to-luminous-vivid-orange) !important;}.has-luminous-vivid-orange-to-vivid-red-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--luminous-vivid-orange-to-vivid-red) !important;}.has-very-light-gray-to-cyan-bluish-gray-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--very-light-gray-to-cyan-bluish-gray) !important;}.has-cool-to-warm-spectrum-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--cool-to-warm-spectrum) !important;}.has-blush-light-purple-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--blush-light-purple) !important;}.has-blush-bordeaux-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--blush-bordeaux) !important;}.has-luminous-dusk-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--luminous-dusk) !important;}.has-pale-ocean-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--pale-ocean) !important;}.has-electric-grass-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--electric-grass) !important;}.has-midnight-gradient-background{background: var(--wp--preset--gradient--midnight) !important;}.has-small-font-size{font-size: var(--wp--preset--font-size--small) !important;}.has-medium-font-size{font-size: var(--wp--preset--font-size--medium) !important;}.has-large-font-size{font-size: var(--wp--preset--font-size--large) !important;}.has-x-large-font-size{font-size: var(--wp--preset--font-size--x-large) !important;} :where(.wp-block-post-template.is-layout-flex){gap: 1.25em;}:where(.wp-block-post-template.is-layout-grid){gap: 1.25em;} :where(.wp-block-columns.is-layout-flex){gap: 2em;}:where(.wp-block-columns.is-layout-grid){gap: 2em;} :root :where(.wp-block-pullquote){font-size: 1.5em;line-height: 1.6;} .cmplz-hidden { display: none !important; }

PL da Devastação é aprovado no Senado

23 maio, 2025 | Notícias

Imagine acordar e descobrir que uma mineradora será instalada ao lado da sua casa. Nenhuma reunião na comunidade. Nenhum estudo técnico analisado por especialistas. Nenhuma garantia de que a água que você bebe continuará potável. 

Isso porque, com um simples formulário preenchido na internet, a empresa conseguiu uma autolicença, que agora se tornou regra. E o mais alarmante: esse modelo automático não será limitado a empreendimentos de pequeno porte. Projetos de médio porte e potencial poluidor também poderão se beneficiar desse atalho, ignorando os riscos reais para comunidades e ecossistemas inteiros.

Na noite de 21 de maio de 2025, essa cena hipotética se aproximou da realidade de milhões de brasileiros.  O Senado aprovou por 54 votos a 13 o Projeto de Lei (PL) 2.159/2021 que ambientalistas já renomearam de “PL da Devastação”, uma proposta que desmonta o sistema de licenciamento ambiental no Brasil. Agora, o projeto retorna à Câmara dos Deputados para votação final.

 

Um retrocesso histórico

Considerado o mais perigoso entre as propostas do chamado Pacote da Destruição, o PL 2.159/2021 tem sido duramente criticado por ambientalistas, juristas, cientistas e até mesmo pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). O texto legaliza o autolicenciamento para diversos empreendimentos, como atividades agropecuárias, além de permitir a dispensa de análise prévia por órgãos ambientais.

De acordo com a nova regra, a maioria das atividades ará a ser autorizada com o simples preenchimento de um formulário autodeclaratório, sem estudo técnico, sem consulta pública, sem fiscalização prévia. Ou seja: quem vai poluir, desmatar ou degradar, autoriza a si mesmo. “Ao priorizar de forma irresponsável a isenção de licenças e o autolicenciamento, a proposta tem potencial de agravar a degradação ambiental, representando grave ameaça a direitos humanos fundamentais”, aponta nota técnica do Observatório do Clima, que elaborou uma análise detalhada de mais de 100 páginas sobre os impactos do projeto.

 

Riscos para povos tradicionais e omissão climática

Além de eliminar salvaguardas ambientais, o projeto ignora completamente a emergência climática, não há uma única menção ao tema. Também fragiliza os direitos de povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outras comunidades tradicionais, restringindo a participação de órgãos como a Funai e o Iphan apenas a casos de territórios já oficialmente reconhecidos, e mesmo assim, de forma não vinculante.

“Isso institucionaliza o racismo ambiental”, alerta o Observatório do Clima. Segundo eles, a proposta subverte o princípio de precaução e deixa populações vulneráveis sem proteção efetiva contra megaprojetos com alto impacto.

 

Mata Atlântica sob ataque

Como se não bastasse, na véspera da votação no plenário, o relator senador Confúcio Moura (MDB-RO) acolheu uma emenda de última hora apresentada por Jayme Campos (União-MT), que libera o desmatamento de vegetação nativa na Mata Atlântica, contrariando a Lei da Mata Atlântica, sem necessidade de autorização ambiental.

“O projeto retira garantias históricas de proteção e ameaça diretamente os 12% restantes da cobertura original da Mata Atlântica”, denuncia Malu Ribeiro, da Fundação SOS Mata Atlântica para o Instituto Socioambiental. Ela destaca que a medida compromete serviços ambientais essenciais à segurança hídrica e à saúde de mais de 70% da população brasileira que vive nesse bioma.

 

Licenciamento ambiental: o que está em jogo?

O licenciamento ambiental é um dos principais instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981). Ele obriga que empreendimentos potencialmente poluidores sejam previamente analisados por autoridades ambientais antes de sua instalação ou funcionamento. Para isso, são exigidos estudos técnicos, consultas públicas e condicionantes que garantam a mitigação de impactos.

Com o PL aprovado, todo esse processo é ameaçado. O projeto transfere aos estados e municípios a possibilidade de ampliar dispensas de licenciamento e normaliza a chamada Licença por Adesão e Compromisso (LAC), um mecanismo automático e sem análise técnica prévia.

“O PL representa desestruturação significativa do regramento existente sobre o tema e representa risco à segurança ambiental e social no país”, alertou nota do próprio Ministério do Meio Ambiente.

 

O que ainda pode ser feito?

O projeto ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados, que decidirá se mantém ou não as mudanças feitas no Senado. Esse é o momento para mobilização da sociedade civil, pesquisadores, instituições e cidadãos que defendem o direito constitucional ao meio ambiente equilibrado. A pressão popular pode ser decisiva para evitar que o “PL da Devastação” entre em vigor. Precisamos de um licenciamento ambiental forte, técnico, participativo e transparente, não de uma carta branca para poluir e destruir.

> Saiba mais

Autora: Thamara Santos de Almeida, com informações do Observatório do Clima e Instituto Socioambiental.
Revisão: Carolina Schäffer.
Foto de capa: Ibama combate desmatamento ilegal na Terra Indígena Pirititi, Roraima. Foto: Felipe Werneck/Ibama.

Pin It on Pinterest